Presidente do Sindinfor aponta crescimento no ecossistema de inovação brasileiro
Apesar da pandemia da Covid-19, startups seguem se adaptando às adversidades e apresentando crescimento na atração de investimentos. De acordo com dados do Inside Venture Capital Report, relatório produzido pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência da plataforma de inovação aberta Distrito, o cenário das startups vem evoluindo.
Apenas entre janeiro e abril de 2021, as startups captaram US$ 2,35 bilhões em aportes, o que representa 66% do que foi investido durante todo o ano de 2020. Além disso, durante este período, também foram registradas 77 fusões e aquisições – outra prova do amadurecimento do ambiente de negócios.
A 4ª edição do 100 Startups to Watch, ranking publicado na revista “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”, apresentou cem empresas com soluções inovadoras para atender às demandas de uma economia em transformação, evidenciando a evolução do ecossistema de inovação brasileiro. Foram startups com potencial para se tornarem líderes e prontas a receber a atenção de investidores, grandes empresas, governos e aceleradoras. AgriConnected no ramo do Agronegócio, Digital Innovation One no ramo da Educação, e BossaBox no ramo de Tecnologia de Informação são exemplos dessas empresas.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Sindinfor), Fábio Veras, muitas starturps brasileiras seguem se adaptando, honrando o ramo da inovação e evoluindo bastante, mesmo em meio a pandemia. “Estamos vivendo um momento complicado, de incertezas e de crise. As empresas estão precisando apresentar agilidade, inovação e capacidades de adaptação às adversidades. Felizmente, é possível ver uma evolução e ótimos trabalhos de startups brasileiras. Um cenário de otimismo’’, explica.
Fusões e aquisições
A Méliuz, empresa de tecnologia que oferece soluções digitais por meio de uma plataforma integrada de marketplace e serviços financeiros, foi a primeira startup brasileira na B3, que representa o resultado da união entre os mercados financeiro, de capitais e do encontro de pessoas. A empresa adquiriu uma fintech recentemente por R$ 324,5 milhões.
Além disso, a Take Blip, empresa de destaque no mercado latino-americano de tecnologia mobile e mensageria, foi responsável pelo maior investimento da Série A da América Latina: US$ 100 milhões. A Trybe, empresa de desenvolvimento de software, de web e de programação, também se destacou e foi a segunda startup que mais captou R$ 72 milhões para revolucionar a formação tecnológica do país.
A Ioasys, empresa referência em transformação digital e criação de soluções, foi adquirida pela Alpargatas S.A nesta semana por R$ 200 milhões. A Racoon, empresa de marketing digital, e a dti digital, empresa de tecnologia e transformação digital, são outros exemplos de startups que foram adquiridas também nesta semana.
A Duo Gourmet, startup em crescimento do segmento da economia, foi adquirida na última semana pelo Banco Inter, que foi investido em R$ 2,5 bilhões pela startup Stone também neste período.
A Beduka, plataforma educacional, foi vendida para o grupo Ser Educacional e agora caminha com a Peixe 30, uma rede de relacionamento e apresentação profissional em vídeos.
A startup Psicologia Viva, a maior plataforma de atendimento psicológico on-line da América Latina, se uniu, por meio de uma fusão, com a Conexa Saúde, startup que promove o acesso a saúde através da tecnologia. Dessa forma, formando a maior plataforma de telemedicina da América Latina.
“Essas startups, com trabalhos brilhantes e diferenciados, seguem honrando a 1ª geração San Pedro Valley e pioneiros como, por exemplo, Rodrigo Cartacho da Sympla, Tomás Duarte da Track.com, João Pedro Resende da Hotmart, Igor Senra, Mateus Lana, Paulo Gomide e Daniel Coquieri”, completa Fábio Veras.
Fonte: Portal Bem Minas, Negócios em foco, Empresas&Negócios, Portal Mundo Minas.
Jornow, Portal Belo Horizonte
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