Com o leilão do 5G previsto para acontecer ainda este ano, as operadoras vencedoras já terão que garantir a utilização da tecnologia móvel de quinta geração em grandes cidades provavelmente em algum momento de 2022, segundo as regras propostas pela Anatel em aprovação no TCU. Isso significa que a demanda por profissionais capacitados em instalação e manutenção de rede vai aumentar muito.

Se a procura por trabalhadores de tecnologia não para de crescer, a oferta de mão de obra qualificada no país está muito abaixo das necessidades do mercado. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) mostram que a demanda anual do setor é de 70 mil novos profissionais, enquanto apenas 46 mil pessoas se formam por ano com o perfil necessário para essas vagas.

A Brasscom alerta para o risco de “apagão técnico” da área de TIC (Tecnologia da Informação e da Comunicação) no Brasil, com um déficit que pode chegar a 290 mil profissionais em 2024. A falta de mão de obra atrasa a transformação digital do setor produtivo e reduz ganhos para a sociedade como um todo.

Pensando no gap de trabalhadores de tecnologia e na parcela expressiva de jovens ociosos fora do mercado de trabalho, a Huawei e o SENAI firmaram uma parceria nacional de capacitação profissional. Desde abril, a empresa, líder global em TIC, já entregou ao SENAI quatro laboratórios de instalação de redes de fibra óptica. Está prevista ainda a criação do programa ICT Academy SENAI/Huawei, que oferecerá cursos à distância e presenciais com certificações internacionais nas áreas de Cloud, Inteligência Artificial, fibra óptica e 5G.

Conteúdo: Exame