Empresas precisam criar sistemas preventivos e disseminar adaptação comportamental sobre segurança da informação

Com a inteligência artificial e a expansão de novas tecnologias que se fazem presentes cada vez mais na vida pessoal e profissional das pessoas, as empresas terão que redobrar iniciativas que visem a segurança digital de suas companhias. A adoção de tecnologias, no entanto, não será eficaz se não houver também um conceito de adaptação comportamental de seus colaboradores. A ampliação do acesso à internet e aquisição de aparelhos móveis pela população também propiciam aumento no número de ataques hackers, já que a grande maioria das pessoas não detém conhecimento sobre os dados que compartilham em seus smartphones.

Em todo o ano passado, as denúncias de crimes cometidos pela internet mais que dobraram no Brasil, ao atingir 156 mil notificações recebidas pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Além disso, ao longo da pandemia, a Minsait revelou que houve aumento de 75% no número de ataques hackers, quando o uso das redes ficou mais demandado pela população.

Para Gustavo Duani, Cyber Security Director, da Claranet Technology S/A , é imprescindível que as empresas discutam ainda mais e tracem planos e estratégias de investimento na segurança da informação. “Ano após ano nos deparamos com o aumento de ciberataques, seja no âmbito empresarial ou pessoal. A tecnologia está avançada e se desenvolverá demasiadamente nos próximos anos e, consequentemente, os ataques maliciosos ficarão mais refinados. Isso nos reforça a ideia de que não podemos mais apagar o fogo apenas como emergência, mas nos antecipar com medidas preventivas que mudem este cenário de vulnerabilidade ao qual estamos”, afirma.

Outro dado que assusta é que mesmo com a alta quantidade de tentativas de ciberataques, cerca de 70% das empresas no país não têm equipes dedicadas exclusivamente à segurança da informação, segundo pesquisa da Mastercad/Datafolha. A falta de investimento e a pandemia colaboram para que os ataques ocorram, sendo eles os mais variados, como spam, mensagens de texto e pedidos de resgate através de ransomware.

“A agilidade e ações sofisticadas de cibercriminosos demandam cada vez mais postura e reação rigorosa das empresas para que construam estruturas físicas para se protegerem das mais diversas formas de ameaças. A tecnologia é, sem dúvida, a melhor aliada, mas também o entendimento, a cultura e a formação sobre cibersegurança precisam caminhar juntos”, ressalta Duani.

Fonte: SEGS