A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai realizar nesta quinta-feira (4) o leilão do 5G, a nova geração de internet móvel.

Começa amanhã (4), em Brasília, a primeira sessão de abertura e análise do leilão do 5G. Foram recebidas 15 propostas de empresas e consórcios interessados em explorar a tecnologia no país. O alto número de candidatos pode fazer com que a sessão termine apenas na sexta-feira (5). A abertura dos envelopes com as propostas recebidas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) tem início previsto para 10h (horário de Brasília). De acordo com o edital publicado pelo órgão, a licitação deve movimentar R$ 49,7 bilhões.

A entrega dos documentos por parte das empresas e consórcios, realizada no último dia 27, foi a primeira etapa do leilão. A expectativa é de que o 5G comece a ser ofertado até julho de 2022, primeiramente nas capitais brasileiras. “Já imaginávamos um número parecido. Mas dos 15 proponentes, só cinco são empresas que já são prestadoras de serviços [de grande porte]. É algo completamente inédito um leilão com 10 novos proponentes. O modelo do leilão foi bem-sucedido no estímulo à competição”, disse Abraão Balbino, superintendente de competição da Anatel, em entrevista coletiva no dia 27.

Como será o leilão

No dia da sessão, que vai acontecer na sede da Anatel, os envelopes com as propostas serão abertos e a agência vai analisar uma por uma, verificando em quais faixas de frequência (como se fossem rodovias pelas quais o 5G irá correr) há competição e quais valores foram oferecidos por elas. E aqui vale uma informação importante: o envio da proposta de interesse no leilão não garante participação no processo, segundo a Anatel. A agência ainda vai checar se todos os proponentes estão de acordo com os requisitos mínimos do edital.

Quanto vai custar

Do total de R$ 49,7 bilhões previstos pela Anatel, R$ 10,6 bilhões serão desembolsados pelas empresas vencedoras do leilão para pagamento das outorgas — ou seja, pelo direito de explorar comercialmente o 5G. Esse dinheiro irá para os cofres do governo federal. Pelo menos R$ 7 bilhões serão direcionados à implantação de internet rápida em escolas públicas no país, informou Abraão Balbino na semana passada. O leilão não é arrecadatório, ou seja, parte das verbas levantadas serão investidas em infraestrutura. O valor será usado para levar internet a áreas sem conexão, como pequenas cidades e estradas, e criar uma rede privada para o governo federal.

Fonte: UOL