Análise é do presidente do Sindinfor e membro do Conselho Consultivo da Anatel, Fábio Veras
Na última quarta-feira, dia 10 de agosto, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que apresentou avanço de dois pontos na passagem de julho para agosto de 2022, atingindo a marca de 59,8 pontos. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Sindinfor) e membro do Conselho Consultivo da Anatel, Fábio Veras, a pesquisa “só reafirma que é possível olhar o futuro com menos negatividade do que havia há meses”.
Além do crescimento sinalizado, trata-se do maior nível do ICEI desde agosto de 2021, quando ele chegou a 63,2 pontos. “Tais dados são reflexos do aumento da visão positiva do empresariado diante de um cenário de crescimento da economia brasileira”, comenta Fábio Veras.
O ICEI também permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, demonstrando a confiança das indústrias. De acordo com Veras, isso pode ser explicado porque, junto com a perspectiva de uma deflação que existe agora no mercado, podendo ser temporária ou não, como a redução dos custos dos combustíveis, existe a possibilidade de uma retomada, ainda que extremamente modesta, de um cenário positivo. “O empresariado é sempre otimista. É claro que as questões estruturais do Brasil podem e devem melhorar muito, mas, mesmo diante de eleições polarizadas, a gente percebe que a macroeconomia tem evoluído de uma maneira bastante equilibrada”, acrescenta.
Além disso, na pesquisa, o Índice de Condições Atuais registrou alta de 3,1 pontos em relação a julho, alcançando 54,2 pontos. Segundo Fábio Veras, apesar de o Brasil ter um déficit gigante a reparar em termos de necessidade de muito crescimento, esse cenário e a constatação de que o Brasil é uma potência digital e energética, colaboram para o aumento da confiança do empresariado. “Nosso país é uma potência em termos de competitividade mundial na perspectiva de geração de energias sustentáveis como, por exemplo, do hidrogênio verde que é uma tecnologia inovadora. Sendo assim, o Brasil vai crescer diante da previsão de novos investimentos vindos desses campos de energia, aliado a um cenário de desregulação e aumento das concessões de infraestrutura e desestatização. Ou seja, é possível sim olhar o futuro com menos negatividade”, conclui.
Entre os dias 1º e 8 de agosto, a pesquisa ouviu 1.542 empresas, sendo 599 de pequeno porte, 582 de médio porte e 361 de grande porte.
Fonte: BH Eventos
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