O Novo Presidente do Conselho de Tecnologia e Inovação da FIEMG, Fábio Veras, aponta a necessidade de se incorporar as novas tecnologias à construção de uma cidade inovadora, para fomentar um desenvolvimento social inclusivo. Região do Vila do Serra é pupila para futuros projetos tecnológicos, reconhece especialista.

O Conselho de Tecnologia e Inovação da FIEMG acaba de ganhar um nome de peso para sua gestão: Fábio Veras, presidente do Sindinfor. Veras passa a ocupar o cargo mais alto do Conselho, com a expectativa de grande geração de valor em inovação e gestão criativa. Doutor em Direito, Fábio Veras possui um currículo extenso com formação executiva nas universidades de Wharton, Harvard, Berkeley e Stanford, além de ser membro-associado do Conselho Internacional de Desenvolvimento Econômico e pioneiro no Fiemg Lab, tendo acelerado mais de 100 startups.

O novo gestor vê o Vila da Serra como um ambiente de grande potencial em Inovação Tecnológica, e destaca que, em breve, haverá várias novidades que ampliarão a atuação da região no setor e, ainda, que aspira promover um intercâmbio com a gestão municipal de Nova Lima. “Pretendo criar um ambiente virtuoso para encontrarmos aquilo que nos une. Temos muita convergência de ideias a favor de um futuro à frente do seu tempo”, almeja Veras.

Diretrizes

Fábio Veras afere o cenário de Minas Gerais como bastante promissor: “A indústria mineira carrega um percentual expressivo de geração de riquezas e arrecadações do país (cerca de 28%), sendo protagonista na geração de trabalho no setor de TI e ocupando a terceira posição em faturamento no País”, afirma.

O presidente do Conselho de Tecnologia e Inovação da FIEMG aponta a necessidade de se incorporar as novas tecnologias à construção de uma cidade inovadora, para fomentar um desenvolvimento social inclusivo. “Partindo-se destes valores, teremos como resultado mais sustentabilidade e um coeficiente de produtividade satisfatório”.

O empreendedor destaca algumas diretrizes para a construção desse processo. Contribuir para pequenas e médias empresas se apropriarem de tecnologias como: Big Data, Analytics, Machine Learning, Blockchain para a indústria, afetando positiva e expressivamente a produção e a tomada de decisão, criando um terreno fértil para a geração de novos modelos de negócio. Tudo isso potencializado e amplificado com a chegada da tecnologia 5G.

Contudo, ele pondera que esse investimento em ciência, tecnologia e inovação precisa ser assegurado por marcos regulatórios, como o Marco Legal das Startups, aprovado no Congresso Nacional, após forte esforço do Sindinfor. Esse tipo de regulação pode trazer desoneração ao setor e facilitar os processos e produções nacionais para que possam ser aprimorados e se tornarem mais competitivos diante dos demais países.

Formação das novas gerações

O Fábio Veras aponta a necessidade de se investir na formação das novas gerações para suprir um mercado aquecido como, por exemplo, o de profissionais de TI, atentando ainda para uso de tecnologias assistivas, visando a inclusão social e profissional de pessoas com deficiência, a fim de fornecer-lhes condições de exploração de seu potencial máximo.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até o ano de 2024, o Brasil precisará de 420 mil profissionais de Tecnologia da Informação.

“Precisamos incentivar e inspirar os jovens com palestras, cursos de formação, nutri-los com estratégias de Design Thinking, que significa converter dificuldades e limitações em benefícios, e incentivá-los no que chamamos de Lifelong learning, ou aprendizado para a vida toda”, acrescenta Fábio Veras.

Veras acredita que universidades e empresas nacionais e internacionais devem estar em permanente interação, criando-se um mutualismo entre profissionais e conhecimento.

Jornal Belvedere