Conselheiros acrescentaram sugestões de temas importantes em documento da Fiemg enviado aos presidenciáveis

O Brasil, como nação em desenvolvimento e líder em sua região, não pode deixar de investir em projetos políticos que defendam a magnitude da indústria e sua importância para o bem-estar social, afinal, esse setor responde por aproximadamente 22% do PIB nacional, tem participação de 32,9% na arrecadação de impostos federais e de 20,9% na geração de empregos formais no país.

Partindo dessa premissa, e visando definir e consolidar uma agenda perene para o país, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) desenvolveu um conjunto de propostas para ser entregue aos pré-candidatos à presidência da República.

O documento apresenta propostas para o desenvolvimento de 10 eixos temáticos e foi desenvolvido ao longo do último ano, por meio do programa Imersão Indústria, uma série de eventos e debates destinados à formação política e à discussão de pautas relevantes para a sociedade e as empresas.

Sua elaboração contou com a participação de 90 especialistas, incluindo integrantes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), além de 132 sindicatos que compõem a Fiemg e os 450 membros das 20 Câmaras e Conselhos que representam, dentro da entidade, os mais diversos setores e áreas de conhecimento, permitindo aos interessados formular sugestões a partir de suas próprias experiências.

No eixo temático da Inovação, as propostas foram desenvolvidas pelos membros do Conselho de Tecnologia e Inovação da Fiemg. Como o Conselho é presidido pelo também presidente do Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Sindinfor), Fábio Veras, os segmentos de TI, software e o ecossistema de startups foram contemplados nas propostas aos presidenciáveis.

“As propostas partiram de um trabalho minucioso de identificação de entraves e de propostas de soluções importantes para o setor”, destaca. “É fundamental que os governos federal e estaduais incluam em suas agendas uma atenção especial para setor de TI, que cresce a cada ano, gera empregos e mostra-se de fundamental importância para o futuro dos setores da indústria, do comércio e dos serviços”, finaliza.

A desoneração do investimento em inovação e corporate venture (empenho de uma organização para gerar iniciativas empreendedoras) é uma das propostas. Ela visa desonerar ou reduzir tributos a fim de fomentar a inovação e esforços de iniciativas empreendedoras em indústrias brasileiras. “Dessa forma, espera-se o aumento de produtividade e competitividade”, destaca Veras.

Outra proposta é a de fomentar o desenvolvimento de tecnologias habilitadoras e de impacto social. Tecnologias habilitadoras são tecnologias acessíveis para todos os níveis, capazes de contribuir com o aumento da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. O objetivo nesse ponto é fomentar o desenvolvimento de tecnologias capazes de aumentar a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente organizacional. “Este fomento pode ser, por exemplo, por meio da concessão de recursos não reembolsáveis para o desenvolvimento de novas tecnologias habilitadoras. Essa ação reduziria o gap de inclusão desse público no ambiente laboral e contribuiria com o desenvolvimento social”, explica Veras.

Outra proposta visa criar mecanismos para promover o aumento da segurança cibernética e proteção de dados, tema bastante atual devido à recente Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira. Por fim, o documento sugere ampliar os programas que fomentem o desenvolvimento de projetos de inovação e que integrem startups com o setor produtivo. 

“O setor de TI é fundamental para o desenvolvimento da indústria de forma sustentável em consonância com novas tecnologias. Espera-se, com essas propostas, o aumento do potencial inovador da indústria nacional, aumento da competitividade e produtividade, aumento da segurança da informação e geração de emprego e renda”, finaliza Veras.

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