Já faz algum tempo que o setor de tecnologia da informação (TI) enfrenta déficit de profissionais. No Brasil, essa carência deve ser de mais de 408 mil postos de trabalho até 2022. Com isso, as perdas acumuladas entre 2010 e 2020 já alcançam os R$ 167 bilhões. Os dados são da Softex, uma organização social voltada ao fomento da área de TI.

Atualmente, o Brasil é o 10º maior mercado do mundo no setor. Na América Latina é o líder e responde por 40% do total, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes). Então, o país precisa enfrentar a falta de mão de obra qualificada para não perder a oportunidade de ser referência na área.

Uma das medidas tomadas pelas empresas para enfrentar a falta de profissionais especializados é a oferta de formação a colaboradores que as companhias já têm. Entre as áreas mais presentes nessas iniciativas estão a computação em nuvem, a análise de dados, a robótica e a inteligência artificial.

Como o Brasil forma anualmente cerca de 45 mil especialistas em tecnologia e há 70 mil novas vagas por ano, segundo dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), cursos e treinamentos internos se tornaram a estratégia mais adotada pelas organizações. Algumas têm universidades corporativas que permitem realocação mais ágil.

Profissionais de diferentes setores, como administração, comunicação, sustentabilidade, Recursos Humanos e outros, podem ser aproveitados em outras funções. Esse investimento reflete a expectativa de que o déficit de profissionais vai crescer ainda mais nos próximos anos. Os números já mostram a tendência: nos três primeiros meses de 2021, foram contratados 41 mil profissionais de TI no país. Em todo o ano de 2020, foram 47 mil.

Fonte: CanalTech