Fundo irá investir R$ 250 milhões em startups brasileiras
O Sindinfor, em parceria com a Fiemg, a Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (ASSEPRO) e o hub Órbi Conecta, promoveu, nesta terça-feira (23), em Belo Horizonte, um debate sobre o funcionamento e a estruturação do Fundo Soberano do Espírito Santo (FUNSES). A iniciativa foi criada em 2019 por meio de uma lei complementar.
No ano passado, o Espírito Santo reuniu R$ 1 bilhão de royalties de petróleo para diversificar e ampliar as receitas dos cofres públicos. Através dos recursos, a ideia do Fundo Soberano é alavancar o ecossistema de inovação regional, com um investimento de R$ 250 milhões em startups que cumpram pelo menos um dos três critérios estabelecidos: ter sido criada no ES, ter ou vir a ter investimentos no ES ou estar sediada no ES. Pelo menos 10% desse capital será dedicado a programas de aceleração.
O FUNSES é vinculado às secretarias da Fazenda e de Inovação e Desenvolvimento do governo capixaba e é operado pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo.
Felipe Marcondes, partner da TM3 Capital, empresa responsável pela gestão do Fundo, participou do evento e explicou o funcionamento dos arcabouços jurídico e administrativo do FUNSES. De acordo com ele, a ideia nasceu com a necessidade de diversificação da matriz econômica do Espírito Santo. O Fundo tem o governo capixaba como cotista e promove, regularmente, ações de accountability, transparência e ESG. Desde que a iniciativa saiu do papel, mais de 4 mil startups foram aceleradas digitalmente e outras 20 mil já foram inseridas na base de dados do Fundo.
Segundo Fábio Veras, presidente do SINDINFOR-MG e do Conselho de Tecnologia e Inovação da FIEMG, é necessário buscar, constantemente, novos investidores para as startups mineiras, a fim de garantir o desenvolvimento pleno do setor no Estado. Para ele, a criação de um fundo soberano em Minas Gerais seria uma boa alternativa para a atração de recursos.
Participaram do evento, também, o presidente da Assespro, Fernando Santos, o CEO da Track.co, Tomás Duarte, que viabilizou, junto de Veras, a vinda de Felipe Marcondes, e a CEO da Órbi Conecta, Dany Carvalho.
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